Profissional : Duo Arquitetos e Droysen Tomich
A arquitetura é mais mediterrânea, com tons neutros e texturas mais naturais. A unidade da parte interna é dada por um cobogó em adobe, desenhado pelos arquitetos, que resgata o tema da mostra, Casa Original. Além de servir para seu uso costumeiro, de ser uma parede vasada, esse cobogó é também utilizado como adega: o recorte de seu diâmetro central é o encaixe perfeito para abrigar uma garrafa, oferecendo ainda a qualidade de deixa-la em uma temperatura mais baixa. No mesmo espaço, a área dos pães, com fundo em marcenaria também ganha a moldura do cobogó que a rodeia. A construção utiliza quatro contêineres com a proposta de deixar sua estrutura aparente do lado de fora. O piso em porcelanato tem efeito de pedra natural dialogando com a área da bancada revestida em mármore. Na área externa, o mobiliário se vale de um sofá e mesa de pallet bem em frente, um grande sofá solto na parte central desse espaço, cadeiras em corda e metal e duas cadeiras de balanço assinadas por Francisco Oliveira e mesas. Duas grandes mesas foram instaladas próximas às palmeiras e, no entardecer são emolduradas pela beleza do por do sol que se vê dali. Uma das novidades desta edição da CASACOR Minas é que a fonte criada por Burle Marx em uma das áreas externas laterais da construção foi recuperada. Em dois níveis de pedra, ela tem como base um espelho d’água com espécies aquáticas e está em meio a um rico jardim que envolve tons de roxo e de verde, entre dracenas, marantas, asparagos, jiboias, peperoneas, columeias, samambaias e variedade de espécies que o preenche. Alguidares dentro e fora da água criam composição que os apresentam vazios e com plantas.